quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Da chegada do amor (parte II)

"Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse. (...)
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo. (...)
Sempre quis um amor
de abafar,(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos. (...)
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis um amor que amasse."

Elisa Lucinda. Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias"