"Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse. (...)
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo. (...)
Sempre quis um amor
de abafar,(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos. (...)
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse."
Elisa Lucinda. Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias"