domingo, 28 de junho de 2009

post it

Não esquecer
de apagar
as reticências

segunda-feira, 22 de junho de 2009

.ménage à trois.

Logo que chegamos ela já passou seu pacotinho de balas, oferecendo. Depois de olhares e sussurros a palestra acabou e nosso tão necessitado encontro começaria. Eu falava, ela comentava e ele observava e ria. No restaurante, ela com seu jeito evidente e radiante colocou as mãos abertas sobre a mesa e disse:
- Vamos começar por setores, hum... você! (apontando pra mim) Fale do trabalho.
Logo foi a vez dele, a conversa se desenrolou, falamos sobre amor, rotina, sexo e afins. Jantamos. Encostadas na parede, já de barriga cheia, olhamos para ele que falava de suas semanas, dos acontecidos enquanto longe de nós com seu jeito reservado e sereno de expressar. E, de repente, nos demos conta da plenitude daquele encontro, que estar perto nos fazia bem.
Olhando para cima, pensativa, ela suspirou e falou:
-Temos que fazer isso mais vezes, é tão bom!
Todos concordamos com palavras curtas balançando a cabeça. Olhamos o relógio, era tarde. Saímos e nos despedimos.
No outro dia tudo parecia mais limpo e leve como se estivesse mesmo em casa, aconchegada.

Lar é a tradução da palavra ménage para o português... e não há nominação melhor.

terça-feira, 16 de junho de 2009

.porvir.

Em situações que somente o limite consegue estabelecer final, surgem questões que se referem ao respeito próprio: Porque chegamos até aqui? Porque chegarmos até aqui? Por onde chegamos até aqui? Esse olhar invasivo e duro, que penetrou como lança, deixou nosso fim de dia sangrento de palavras antigas. Ferindo agregados e vizinhos, que com gotas vermelhas em suas roupas e pasmos se limpavam pedindo respostas. Ninguém respondeu.
Estar farto de tudo isso que rodeia, conclui um resto de dor e feridas desnecessários. Ambos os lados puderam, mas não conseguiram evitar.
Agora, limpos de gotas e pintados de branco é preciso restar carinho, lembrança e um imprescindível ponto final (.).

Guardo o ponto na caixinha de recordações, abro os braços para o presente... e digo:
-Me segure, que estou pulando.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

daqui prali

Tirei o giz de uma caixinha que na embalagem dizia: LIMITE.
No chão desenhei um círculo que me rodeava, dando espaço para sentar, deitar, rolar, pular.
Do lado de fora coloquei uma pequena placa: 'Passando desta linha, você é obrigado a sorrir'.
Era sonho...