segunda-feira, 22 de junho de 2009

.ménage à trois.

Logo que chegamos ela já passou seu pacotinho de balas, oferecendo. Depois de olhares e sussurros a palestra acabou e nosso tão necessitado encontro começaria. Eu falava, ela comentava e ele observava e ria. No restaurante, ela com seu jeito evidente e radiante colocou as mãos abertas sobre a mesa e disse:
- Vamos começar por setores, hum... você! (apontando pra mim) Fale do trabalho.
Logo foi a vez dele, a conversa se desenrolou, falamos sobre amor, rotina, sexo e afins. Jantamos. Encostadas na parede, já de barriga cheia, olhamos para ele que falava de suas semanas, dos acontecidos enquanto longe de nós com seu jeito reservado e sereno de expressar. E, de repente, nos demos conta da plenitude daquele encontro, que estar perto nos fazia bem.
Olhando para cima, pensativa, ela suspirou e falou:
-Temos que fazer isso mais vezes, é tão bom!
Todos concordamos com palavras curtas balançando a cabeça. Olhamos o relógio, era tarde. Saímos e nos despedimos.
No outro dia tudo parecia mais limpo e leve como se estivesse mesmo em casa, aconchegada.

Lar é a tradução da palavra ménage para o português... e não há nominação melhor.