terça-feira, 9 de dezembro de 2008

INCÓGNITA

Quando enunciarem sobre mim, escute.
Quando maldisserem de mim, analise.
Quando apetecer saber de mim, espere.
Quando supor algo sobre mim, pense.
Quando lhe parecer incógnita, me olhe!

Pupilas se entregam,
pálpebras as escondem,
bochechas se ruborizam,

lábio me entrega,
palavra me identifica,
voz me traduz.

A interpretação é só sua.
Tudo depende do que toco em ti,
tudo depende do que tocas em mim.