sexta-feira, 28 de novembro de 2008

.libertinagem.

Via pelos dedos o que o breu não permitia. Pernas afastadas denunciavam a entrega da carne, que jazia quente e eriçada arrepiando como frio. Frio que predominava na espinha, pedindo matança da sede de líquidos. Embrenhavam-se em orifícios, apareciam e desapareciam deixando fonemas que não formavam palavras, mas comunicavam a proibição de final. Repetições que não cessavam e abriam eternamente possibilidades de novas posições. A tarde virou noite, que virou dia, dizendo que a gula não cedia trégua. Enfim, os membros não permitiam mais, mas com vontade de continuar dentro acendeu-se a luz. Olhos fatigados e quase satisfeitos fizeram um sorriso... que prometeu nova jornada.